A liberdade de expressão é o principal pilar de uma sociedade democrática. No entanto, a conquista deste direito não foi nada fácil, sobretudo em contextos de regimes autoritários. Ao longo da história, muitas pessoas tiveram de morreram para que, hoje, seja possível vivermos num mundo onde as nossas ideias e opiniões são ditas e ouvidas.

Um dos grandes debates atuais gira em torno dos limites deste direito. Até onde deve ir a liberdade de expressão? Por um lado, é fulcral garantir a liberdade de expressar ideias, pensamentos e opiniões, por mais controversas que possam ser. Por outro lado, é importante perceber até que ponto as redes sociais viraram palcos, onde os discursos de ódio são justificados sob o pretexto deste direito.

O discurso de ódio tem se tornado, cada vez mais, frequente nas redes sociais. Consiste em atacar pessoas com base em características como género, religião, raça, opiniões, físico ou, em alguns casos, sem qualquer motivo aparente. Contrariando o argumento, muitas vezes, utilizado pelos defensores, limitar ou criticar este tipo de comentários não se trata de censura, mas apenas de preservar a verdadeira essência da liberdade de expressão.

A linha entre a liberdade, o abuso ou ofensa é ténue, contudo essencial para entender o poder das palavras e como podem gerar danos nas outras pessoas. Ao reconhecer a fragilidade desta linha é, igualmente, importante refletirmos sobre o papel que cada um de nós, enquanto sociedade, desempenhamos para preservar o verdadeiro sentido deste direito.

Os discursos de ódio não são liberdade de expressão, são armas que alimentam a discriminação e a intolerância.