Paulo Alexandre Martins Fernandes é investigador na área florestal e professor no Departamento de Ciências Florestais na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Nascido em Lisboa, deixou a capital e mudou-se para Vila Real em busca dos seus sonhos. Licenciou-se em Engenharia Florestal e é doutorado em Ciências Agrárias – Ciências Florestais pela UTAD.

Projeto Fire Paradox

O investigador desenvolveu inúmeros projetos. O principal foi o Fire Paradox que decorreu entre 2006 e 2010. É composto por cerca de 30 equipas de vários países, com o orçamento de 15 milhões de euros. Paulo achou o projeto interessante e coerente, no qual o objetivo foi perceber como conseguiam controlar melhor os fogos. Chegaram à conclusão que é melhor mais vigilância do que meios e que é difícil de controlar pois existe muita acumulação de vegetação.

Investigação sobre o incêndio de Pedrogão Grande, em 2017

Paulo Fernandes investigou o incêndio de Pedrogão Grande.  Este é considerado um dos “maiores incêndios do mundo a nível de mortes”, que era necessária vigilância, pois “existe um calendário rígido e regem-se apenas por isso. Abre a 15 de julho e o incêndio foi a 17 de junho”. Para confirmar mais informações da investigação do incêndio de Pedrogão Grande, basta aceder a este link:

Experiência com alunos de Ciências Florestais

Paulo Fernandes realizou um teste com os seus alunos de ciências florestais para perceberem como é que o fogo se propaga. Dessa forma testaram com uma planta nativa selvagem e uma planta canadiana selvagem. Chegaram à conclusão que a planta canadiana selvagem arde mais rapidamente do que a outra. Pode conferir na seguinte banda desenhada.

Banda desenhada realizada por Beatriz Parada e Rita Sampaio

Projeto Bonfire

O projeto que Paulo Fernandes mais gostou foi o Bonfire, um projeto que ainda não terminou e que irá continuar, no entanto terminou formalmente em 2019, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, este tem parceiros, como Canadá, Austrália e Itália. Um projeto que procurou todos os dados que existiam no mundo com características do fogo, de energia, da chama e a velocidade que se propaga.

Outras experiências

O investigador esteve também presente no projeto internacional Fire Tapt. Estavam países da América latina, Venezuela, Brasil, Argentina, sul da Europa, Inglaterra e França. Este foi um projeto relativamente pequeno à base de intercambio e está relacionado com a gestão integrada do fogo em ambientes tropicais e mediterrânicos. Para além destes projetos mencionados, o investigador esteve inserido em muitos outros como Fire Globulus. É também membro da CITAB e trabalha no laboratório cooperativo Forest Wix.

Autoria: Beatriz Parada e Rita Sampaio