“Árvores bombeiras” previnem incêndios
UTAD aposta na plantação de espécies florestais que travam o avanço das chamas
O Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista realizou uma investigação de espécies capazes de limitar o flagelo das chamas. O Campus da UTAD foi o local escolhido para o estudo.
A investigação resulta de observações e de projetos anteriores feitos durante e pós-incêndios que tem como objetivo a diminuição dos fogos, dos impactos tecnológicos e a facilidade de combate.
Para Paulo Fernandes, professor da UTAD, estas árvores não só ajudam na limitação dos fogos como também na apreciação da paisagem. “Estas plantações eram feitas nos serviços florestais para prevenção de incêndios, portanto em locais mais estratégicos, mas também usadas para amenizar a paisagem.”
A criação destas espécies requer ambientes específicos para a sobrevivências das mesmas, ou seja, mais húmidos, abrigados do vento e com pouco mato. Por isso, são poucas aquelas que são consideradas “árvores bombeiras”. “São essencialmente os vidoeiros ou bétulas, os carvalhos, o medronheiro, o sobreiro e algumas árvores resinosas.”, enumera Paulo Fernandes.
Este projeto conta com o apoio financeiro da fundação para a Ciência e Tecnologia e, futuramente, os investigadores pretendem avançar e implementar a ideia a nível nacional, incidindo-a numa região fundamentalmente montanhosa.
06/03 12h26: Correção do nome do departamento. Obrigado à Madalena Neves pela chamada de atenção.
Março 4, 2017
Sugiro a correção de “Arquitetura Paisagistica” para Arquitetura Paisagista. Os arquitetos paisagistas, profissão que é a minha, não apreciam esta designação incorreta. Obrigada
Março 6, 2017
Olá Madalena. Agradeço a sugestão de correção. Continue ligada à UTAD TV.
Março 6, 2017
As árvores e arbustos “bombeiros” são: sobreiros, AZINHEIRAS, PINHEIROS MANSOS, carvalhos, castanheiros, bétulas, freixos, medronheiros (arbustos superresistentas aos incêndios) e SILVAS (superresistente ao incêndio, também). Há ainda mais algumas espécies que também resistem muito bem. Ao longo de vinte anos é o que tenho verificado in loco, em todos os locais onde há incêndios. As bétulas, carvalhos, castanheiros, medronheiros e as próprias silvas, apenas medram em locais de solo mais rico e húmido, pelo que não são passíveis de serem plantados ou semeados na generalidade das serras portuguesas, de solo pobre e seco. Os sobreiros, azinheiras e pinheiros mansos dão-se muito bem em solos pobres e secos, pelo que, na minha opinião, deveriam ser as principais espécies escolhidas para a generalidade dos montes portugueses. Seguido dos carvalhos e dos castanheiros. Há que referir também a causa principal dos incêndios, os famigerados eucaliptos, que favorecem o crescimento rápido do mato, principal combustível dos incêndios, além de a sua casca ser hipercombustível, verdadeiras bombas incendiárias, nas condições de estio.
Março 6, 2017
Olá A. Moreira. Agradeço o acréscimo de informação. Continue ligado à UTAD TV.
Março 6, 2017
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