Nem só de flor se fazem as rosas
Num dia em que todos falam de amor...
Acordam os namorados, apaixonados e de sorriso no rosto. É 14 de fevereiro e muitos casais já têm as preparações feitas e jantar combinado. Oferecem-se rosas vermelhas e vistosas, mas esquecem-se os espinhos.
767 é o número de denúncias feitas à Polícia, relativo ao ano de 2016, apenas entre namorados, noticiado pelo Diário de Notícias. O número de denúncias tem vindo a aumentar, mas há muitos(as) que ainda ficam calados e se sujeitam a vários tipos de violência física, sexual, verbal, psicológica ou social. As vítimas muitas vezes criam para si uma imagem errada do seu parceiroa(a), tentam justificar as suas atitudes e acabam por desculpá-lo(a).
Não se deixem iludir, os espinhos continuam lá, apesar de cobertos pelas flores. Estas sentem-se sozinhas, assustadas ou envergonhadas e sentem-se incapazes de se libertar daquela relação abusiva. Por vezes é complicado detetar os sinais ou aceitar a realidade e é a pensar nisso que, nesta data, são criadas várias ações de forma a alertar e consciencializar todos aqueles que sintam qualquer tipo de agressão vinda do seu/sua parceiro(a).
Cartazes, vídeos, panfletos e conversas com os mais novos são várias das formas utilizadas para alertar a população sobre algo que afeta muitos dos jovens diariamente.
Desta forma, algumas organizações como o Projeto Identidade, juntamente com o Erasmus Studente Network UTAD, trabalham para combater este tipo de agressão e, a par do vídeo e cartazes de sensibilização, vai às escolas falar com os mais novos para debater esta problemática.
Digam vocês também não à violência e juntem-se a esta causa! É uma luta diária pela sobrevivência por parte de todas as vítimas, que convém não esquecer ou ignorar. Todos podemos e devemos lutar também para acabar com esta violação dos direitos humanos e ajudar aqueles que se encontram neste tipo de situações.