Investir na arte é investir na identidade e no futuro do país

A arte é o reflexo da sociedade e da cultura. No entanto, os profissionais da área enfrentam desafios, como a falta de apoio financeiro que, para além de afetar a produção artística, também dificulta o desenvolvimento de novas linguagens e a capacidade de Portugal se destacar no cenário cultural a nível global.

A arte não é apenas uma expressão criativa, mas, também, um pilar da identidade cultural de qualquer país. Ao longo da história, Portugal tem sido o berço de grandes artistas e movimentos, como a música popular que é reconhecida em todo o mundo. Contudo, a arte não recebe a atenção que realmente merece.

“A arte existe porque a vida não basta”. Ferreira Gullar

A falta de apoio financeiro é o maior entrave do meio artístico. Muitos criadores dependem de apoios governamentais ou de pequenas iniciativas privadas, mas os fundos disponíveis são insuficientes. As instituições públicas, embora reconheçam a importância da mesma, apresentam, frequentemente, orçamentos limitados. Em muitos casos, os artistas acabam obrigados a financiar as suas próprias produções ou acabam por abandonar as suas carreiras devido à falta de recursos.

A nossa sociedade, de maneira geral, valoriza mais as profissões tradicionais, frequentemente associadas à estabilidade financeira, levando muitos jovens a abandonarem a arte em busca de uma carreira mais segura. Além disso, ainda existe a percepção de que a arte é apenas algo acessório, um hobbie, e não é vista como uma profissão.

A arte não apenas enriquece a vida cultural, mas também impulsiona a economia, gera empregos e promove a inovação. Sem ela nada era possível existir, pois é através dela que podemos demonstrar sem tabus aquilo que sentimos e queremos expressar.

Frase do escritor Eça de Queirós sobre a arte. Créditos: Arquivo Google Imagens