A vida académica é, frequentemente, retratada como uma fase emocionante e enriquecedora, repleta de oportunidades para o desenvolvimento pessoal e profissional. No entanto, esta jornada encontra-se, cada vez mais, marcada por uma pressão intensa e contínua que afeta estudantes de todos os níveis de ensino. Esta pressão provém de diversas fontes, incluindo expectativas familiares, deixando frequentemente os alunos à beira de um colapso emocional.

Os efeitos malignos desta pressão manifestam-se de múltiplas formas. Transtornos de ansiedade, burnout e depressão acabam por agravar a capacidade de concentração e aprendizagens dos jovens. Para além da saúde mental, a saúde física também é afetada, insónias e perda de apetite são alguns dos sinais do cansaço mental e físico.

A busca por aquilo que intitulamos por “sucesso académico” pode, por muitas vezes, conduzir-nos ao fracasso. Ser academicamente bem-sucedido e não ter uma boa saúde tanto física como emocional, não é ser bem-sucedido.

Devido a isso pais e educadores devem fomentar um ambiente de apoio e ajuda, onde o aluno e o seu crescimento pessoal  seja, mais valorizado e não apenas ser uma nota que o defina. Quanto às instituições de ensino, estas devem por sua vez, implementar mecanismos de suporte psicológico e adotar métodos de avaliação diversificados.

Quando promovida uma cultura de colaboração e empatia, conseguiremos aliviar o peso que recai sobre os ombros dos estudantes.

Apenas assim a vida académica e a sua experiência poderá resgatar o seu verdadeiro propósito: o desenvolvimento do aluno como um bom cidadão e instruído, e também um equilíbrio tanto na saúde mental e emocional.