O perfeito desequilíbrio entre o imediatismo e as relações interpessoais
Em algum momento da tua vida, já te deparaste a refletir na fugacidade da vida?
Já paraste para pensar naquele jantar de amigos que há muito tempo desejas realizar e que até hoje continua em lista de espera? E naquela festa de pijama, que nunca mais aconteceu?
Sê bem vinda/o ao clube.
No ritmo de um mundo frenético, onde as pessoas quase se atropelam para continuar a sua corrida, deixar para trás os planos com amigos ou familiares, começa a fazer parte da norma. Andamos todos tão preocupados em cumprir horários de trabalho, em ir para casa estudar ou ir, simplesmente, para casa estender a roupa que ficou na máquina a lavar durante a tarde, que me faz recordar as agitadas corridas aos Pokémon.
Não é segredo nem novidade para ninguém, creio eu, que vivemos em plena Cultura do Imediatismo e como seres racionais que somos, conseguimos compactuar com ela, deixando-nos absorver pelo que nos oferece de bom e de mau, sem nos questionarmos, na maior partes das vezes.
Esta ideia de Cultura do Imediatismo, chega a ser até contraditória. Então, mas, Cultura não é aquilo que perdura ao longo do tempo?
Há quem diga que a utilização desta expressão se tornou conhecida por influência de Douglas Rushkoff, escritor americano, no seu livro “Present shock: When everything happens now” (Choque do Presente: Quando tudo acontece agora). O autor questiona a ideia subjacente ao imediatismo: uma postura inquietante no presente, subestimando-se o passado e negligenciando o futuro.
Se por um lado, os meios de comunicação social são ferramentas fundamentais no desempenho de variadíssimas tarefas, por outro lado, são uma das principais causas da era em que vivemos e onde a sociedade se encontra inserida.
O acesso desenfreado a todo e qualquer tipo de informação, o apego excessivo às redes sociais, a relação doentia com os telemóveis e a ânsia do “querer tudo para ontem”, levam-me a interrogar as relações. Onde ficam as relações intrapessoais e interpessoais, no meio desta roda no ar? Onde fica a confraternização e a construção de laços sólidos? Teremos, nós, falta de tempo? Ou só não estamos para aí virados?
Talvez seja por isso que, cada vez mais, as pessoas planeiem um casamento e passado um mês se divorciem; que se sintam apaixonadas como se não houvesse amanhã, mas que sejam as primeiras a virar costas, quando o outro não partilha da mesma opinião; que não saibam ter conversas com algum fundo de sabedoria e que troquem o essencial pelo supérfluo. Talvez seja, mesmo, urgente abrandarmos e apreciarmos aquilo que nos rodeia.
“A Cultura do Imediatismo que leva à evolução
É a mesma que leva à destruição” – Douglas Jacó.
E apesar de dizerem que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, hoje, contrario esta ideia, deixando esta frase que fala por si só. Porque para bom entendedor, meia palavra basta.
Que nunca nos esqueçamos que somos seres gregários e que precisamos uns dos outros. Que nunca percamos a noção do quão importante é criarmos relações boas e boas relações, onde a verdade é um poço sem fim e onde deixamos as “tretas” de lado.
Que nos lembremos, sempre, de priorizar aquilo que realmente fica nesta vida. Porque o que se leva da vida é a vida que se leva. Que evitemos que uma reunião se sobreponha a um convívio de família.
E agora, vou só ali confirmar a minha presença no almoço de sushi, da próxima semana.
Dezembro 5, 2024
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Dezembro 15, 2024
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