O papel da moda na política e no ativismo: Como a moda pode ser uma forma de protesto ou de expressão política
Moda, uma palavra tão curta, mas carregada de significados. Habitualmente associada aquilo que cada um de nós vestimos, pode parecer, à primeira vista, um conceito simples. Mas não é. Moda é identidade individual e coletiva. Moda é comunicação, sociedade e cultura. Moda é uma ferramenta de protesto e expressão de ideais. Moda é arte e política.
Mais do que um pedaço de tecido, mais do que o ato de vestir, a moda pode espalhar mensagens, desafiar normas, participar em debates sociais e políticos, pode impressionar, chocar e influenciar.
Um dos maiores exemplos da junção da moda e do ativismo é o trabalho de Vivienne Westwood. Conhecida como a “mãe” da moda punk e defensora de causas sociais e ambientais, Westwood usou a moda para criticar o capitalismo e a conformidade dos anos 70, criando roupas tanto escandalosas quanto bem-sucedidas, que desafiaram as convenções da época. O seu estilo punk não se ficava apenas pela estética, mas carregava uma mensagem contra a opressão e a hierarquia social.
Do meu ponto de vista, o trabalho de Westwood vai além do consumo e da aparência. A designer de moda criou um meio de ativismo, utilizando a sua influência para lutar por causas ambientais e desenhando peças com mensagens de alerta sobre o aquecimento global. A passarela transformou-se num palco de protesto, numa plataforma de luta e frases como “revolução climática” e “não somos descartáveis” passaram a ser estampadas nas suas camisolas e nas semanas da moda os modelos desfilaram com cartazes de protesto.
“A mudança climática, não a moda, é agora a minha prioridade”. Vivienne Westwood
Como o exemplo de Vivienne Westwood demonstra, a moda é mais do que a estética ou o consumo. Esta pode ser uma ferramenta de ativismo e de protesto, comunicando ideais políticos. O que vestimos pode mostrar a nossa identidade, os nossos ideais e lutas.
“Um dia, em breve, você dirá a coisa certa à pessoa certa na hora certa. Faça a diferença. Sempre combinei moda com ativismo: um ajuda o outro. Talvez a moda possa parar a guerra”. Vivienne Westwood