La Land Land, de 2016, escrito e dirigido por Damien Chazelle, é aquele tipo de filme onde o real e o imaginário se entrelaçam e nos faz questionar se vale a pena sonhar tão alto. 

A história gira em torno de Mia (Emma Stone), que tem o sonho de ser atriz e passa a sua vida em audições com produtores desinteressados, e Sebastian (Ryan Gosling), um apaixonado por jazz que toca piano em restaurantes onde ninguém presta atenção. Estes dois artistas, cheios de ambições, conhecem-se por acaso e apaixonam-se ao som de muita música e danças sincronizadas, enquanto tentam sobreviver à rotina de Los Angeles. 

O filme começa com uma cena totalmente fora do comum: o trânsito caótico transforma-se num palco e os carros numa plateia. Bonito? Sim. Realista…? Pois. Mas é mesmo essa a essência de La La Land, um mundo onde a vida comum pode, de repente, transformar-se. No entanto, apesar da leveza das músicas e das coreografias, o filme toca em temas como os sacrifícios que fazemos por amor e pela carreira.

Mas e o final? É como aquele último pedaço de bolo que cai no chão: queríamos tanto, mas não foi o que esperávamos. Bastante agridoce e capaz de causar uma pequena crise existencial. Acabamos por nos perguntar a nós mesmos se era mesmo necessário acabar assim. Será que os diretores estavam de mau humor naquele dia? Ou foi apenas para nos lembrar que nem toda história de amor precisa de um final feliz para ser inesquecível?

Visualmente, o filme parece saído de um postal vintage de Los Angeles. As cores saltam da tela como se fossem pinceladas de um artista e cada cena parece um quadro digno de um museu.

Por fim, La La Land é uma carta de amor a Los Angeles, mas não nos oferece o clichê do “felizes para sempre”. Lembra-nos que a vida raramente segue o ritmo perfeito de uma canção. É bonito, mas efémero, como um sonho que desaparece quando acordamos.