Khonsu
Deus da Lua do Antigo Egito
Achavam que a nossa viagem pela mitologia já tinha terminado? Tenho-vos a dizer que, não só não terminou, como está somente a começar.
Depois do texto sobre Hades relativo à mitologia grega, apresento-vos agora Khonsu, Deus da Lua da mitologia egípcia, protetor da cidade antiga de Tebas.
Khonsu é, e foi, conhecido por diversos nomes ao longo de séculos da veneração por parte daqueles que seguiam a sua figura. Sim, e refiro-me somente à sua figura, pois este deus tornou-se figura de veneração por si só, mesmo por aqueles que não praticavam nem veneração a religião egípcia.
Sendo conhecido por nomes como Quespisiquis, Khensu, Khonsu, Consu, Quensu, Khonshu ou até Khenshu, este Deus tinha como papel na mitologia defender e guiar os viajantes e mercadores que viajavam nos desertos. Devido ao clima extremo do deserto estas viagens eram feitas pela frescura da noite, onde a orientação era muito difícil numa época em que o simples facto de se chegar ao destino merecia ser louvado.
Representado coberto de ligaduras, como uma múmia, com um bastão adornado com diversos símbolos que representam, entre outras coisas, proteção, cura e força, Quespisiquis é mencionado nos textos antigos no qual ele é retratado com um aspecto feroz, porém sendo somente mais um Deus entre muitos outros Deuses.
No entanto esta figura mítica ganha relevância ligeiramente mais à frente na história, num período conhecido como Novo Reino, quando ele surge descrito como o “Maior Deus dos Grandes Deuses”.
Acredito vivamente que este Deus, devido a todo o seu reportório de feitos e poderes, seja realmente um dos mais importantes Deuses do Egito. Especialmente numa época em que a noite era medonha e mortal, num clima desértico hostil, Khensu não só enfrentava diversas adversidades como controlava e vencia qualquer obstáculo. Daí a sua fama e a sua reputação como um Deus poderoso.
Em Tebas, a sua cidade original, ele fazia parte de uma tríade com Mut, sua mãe, e Amom, seu pai. E em Com Ombo, outra cidade do Antigo Egito, era venerado como filho de Suco e Hator. Isto é algo interessante de se abordar pois é um dos principais motivos pelos quais a religião egípcia peca muito, a meu ver.
Podemos encontrar em diferentes sítios, diferentes representações e arvores genealógicas dos deuses, fazendo assim com que a sua história seja algo confusa, e diversa dependendo de quando e onde é contada. No caso de Quensu não estamos só a falar de uma diferença de nomes dos seus pais, como aliás acontece com ele próprio, estamos a falar de uma total diferente arvore genealógica que não é constante.
Este é um dos motivos pelos quais eu acredito que Deuses como Khensu e a própria mitologia egípcia não são tão faladas como outras.
Recuperando outro artigo sobre Hades, gostava de voltar a referir, e passo a citar:
“Hoje em dia não sabemos muito sobre a mitologia, não a vivemos como era vivida antigamente, estamos num momento em que as novas gerações se voltam cada vez mais para explicações cientificas dos acontecimentos e a ideia de religião está-se a perder aos poucos. Mas a ideia de que os acontecimentos são originados por certas entidades que os fazem acontecer é muito bonita, interessante e, acima de tudo, intrigante.”
Pessoalmente sempre gostei dessa ideia, acho cativante haver alguém concreto que é responsável por certos assuntos, acontecimentos ou atos, acredito que é uma forma mais leve de encarar a vida e mais simples do que números e letras e cálculos e formulas cientificas que nos dão uma explicação complexa e respostas que só certas pessoas com intelecto superior conseguem entender.
Consu foi tão popular que até ganhou um lugar de destaque numa banda desenhada da Marvel, onde é mostrado com poderes semelhantes aos da mitologia. Este adota o nome de Khonshu e é a principal causa dos poderes de Moon Knight.
Este personagem ganhou recentemente uma serie na plataforma oficial da Disney, Disney +, que para dizer a verdade é das melhores séries que eu já vi com Moon Knight a estar no topo da minha lista pessoal de séries e de conteúdo da Marvel.
Fevereiro 11, 2024
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