O jornalismo livre e independente!

Depois de 42 anos, uma segunda greve geral de jornalistas foi convocada. O que se espera da profissão? Ou melhor, o que se espera desta e de muitas outras?

As dificuldades enfrentadas, os baixos salários (e também em atraso) e a desvalorização são, na maioria das vezes, os aspetos negativos apontados pela maioria dos sindicatos. E não é diferente no caso do jornalismo.

Quando questionados relativamente à possibilidade de exercer jornalismo como profissão, é percetível que uma boa parte não tem esse objetivo. As opiniões cruzam-se na exigência do trabalho, que não é devidamente valorizada. E quem mantém esta vontade de seguir a carreira, levanta dúvidas em relação ao futuro.

Se a principal função do jornalista é ser a voz do povo, quem o deve fazer pelos jornalistas?

A verdade é que só percebemos a importância dos jornalistas quando precisamos deles. É nítido que cada vez se compram menos jornais impressos, e as assinaturas online não estão num cenário muito diferente.

Com o crescimento das redes sociais, é cada vez mais importante a sua regulamentação. Qualquer pessoa pode publicar o que bem entender, sem uma verificação das fontes, onde circulam fake news e não são tomadas medidas de responsabilização.

É triste perceber como a sociedade não apoia a informação e confunde jornalismo com desinformação. Comentários como “Não fazem falta nenhuma” ou “Podem continuar em greve eternamente” são recorrentes. O problema é que muitas destas pessoas não têm senso crítico e tomam toda a informação que leem nas redes sociais como verdade.

A luta pela “informação livre e independente” é o fator principal para esta greve. O cuidado com a informação é fundamental para a democracia e a prioridade de um jornalista.