Ao IKEA e a batizado, não vás sem ser convidado
O que se passa com a humanidade? Já não chega pensarem que têm direito a conviver, ainda acham que têm direito a amar?
Surgiu recentemente uma notícia de uma realidade tremendamente assustadora. No restaurante do IKEA de Xangai, na China, vários idosos têm-se encontrado para algo impensável e altamente condenável: conviver.
A história vai mais além. Existem testemunhas que afirmam ter visto estes idosos a participarem de encontros amorosos naquele local. O que se passa com a humanidade? Já não chega pensarem que têm direito a conviver, ainda acham que têm direito a amar?
A direção da loja em questão emitiu um aviso que proíbe que os clientes fiquem durante muito tempo no local se não estiverem constantemente a consumir. A ação foi especialmente direcionada aos idosos, uma vez que estes têm a ousadia de comprar apenas um pão ou um café e de ficarem a conversar entre eles o inteiro.
Perante esta situação, há duas posições bem claras: os que argumentam que os idosos são “inofensivos” e os que elogiam os esforços da cadeia em afastar estes idosos da loja.
É certo que ao passarem tanto tempo no restaurante daquele estabelecimento, estes clientes acabam por se envolverem em discussões entre eles, mas e então? Não são estes comportamentos normais do ser humano e das suas relações? Não quero com isto dizer que estas não são atitudes condenáveis, porém a posição da empresa está a ser extrema.
Estas pessoas mais velhas apenas querem um pouco de companhia, visto que tantos deles se encontram sozinhos. Irão ser banidos de locais públicos porque são agora “inúteis”?
Uma medida coma esta é perfeitamente aceitável e compreensível, aliás, as crianças que choram compulsivamente nos centros comerciais e outros espaços públicos também deviam ser proibidas de os frequentar, juntando-se a elas os respetivos pais. Há sempre a hipótese destes adultos deixarem os filhos em casa e visitarem estas superfícies sozinhos, bem ao estilo McCann.
Os idosos estão dispostos a pagar o dobro do preço e a deslocarem-se até mais longe, se houver outro sítio em Xangai onde se possam juntar. Apenas querem ter direito a viver uma vida normal e digna, onde se possam relacionar, onde tenham direito a conversar abertamente e, quem sabe, até a namorar, tal como a restante população.
Será que é pedir muito?