“Campus Global” é o nome da rubrica que reúne um conjunto de trabalhos realizados por alunos do 3º ano de Ciências da Comunicação, na cadeira de Webjornalismo, com entrevistas a alunos estrangeiros que se encontram a estudar na UTAD no âmbito do programa ERASMUS.

São muitos os estudantes que tem elegido Portugal como destino de Erasmus. Maria Salguero Alba, natural de Espanha, tem 20 anos, chegou ao país em meados de setembro e irá permanecer até junho, fim do ano letivo.

Aluna da Licenciatura em Atividade Física e Ciências do Desporto, na Universidade de Granada, justifica a escolha deste curso, referindo: “sempre me senti muito bem a fazer atividade física e ao estar ligada a tudo relacionado com o desporto”. Uma vez que não queria que o desporto deixasse de fazer parte da sua vida considerou que a melhor forma de o garantir seria dedicar-se profissionalmente à atividade, já que é algo que lhe traz felicidade e que pretende aprender sempre mais.

Assim sendo, tomou a decisão de complementar os seus estudos com Erasmus, em Portugal. Escolheu o país, inicialmente porque de facto lhe parecia um lugar muito perto de Espanha, mas também porque o visitou quando era pequena e gostou muito de como as pessoas a acolheram. Desde sempre manifestou vontade em morar no norte de Portugal e, dentro das possibilidades que tinha, a UTAD revelou-se a melhor opção, tanto pela localização como pelas unidades curriculares que oferece para expandir os seus conhecimentos.

A universidade… “os professores explicam tudo de forma aplicável e útil ao nosso dia a dia”.

Maria Alba, afirma gostar das instalações e da forma como as aulas são lecionadas desde o primeiro dia. Declara que esta forma de ensino é um aspeto muito positivo e que facilita a aprendizagem. Ao contrário do que acontece na universidade que frequenta em Espanha, na UTAD existe uma relação mais próxima com os professores e menos alunos nas aulas teóricas, o que possibilita o acompanhamento contínuo de todos os estudantes. Além disso, a proximidade de todos os polos e demais instalações torna possível a interação com outras pessoas do Eco Campus.

Ainda assim, confessa que sentiu uma certa dificuldade em criar relacionamentos com as pessoas do curso e que só agora é que está a começar a conversar com algumas delas. “O início foi um pouco estranho porque as pessoas não se aproximavam, nem falavam e em Espanha, por exemplo, os alunos tentam sempre integrar os estudantes de Erasmus e falar com eles, então foi um pouco desconfortável, mas já não é”, disse.

Maria admite ter uma relação melhor com as pessoas que cá vivem, dado que, desde que chegou a Portugal sempre foram muito simpáticas e se prontificaram a ajudar em tudo o que fosse necessário.

Quanto a Portugal, demonstra gostar muito do país, das suas paisagens “muito bonitas”, e do facto do idioma ser parecido com o espanhol. Acha também muito positivo que dentro do país haja uma boa rede de transportes entre as cidades, geralmente a bons preços, pois graças a isso pode conhecer melhor Portugal. Em relação ao negativo não refere nenhum ponto em particular, apenas situações com pessoas, em momentos ou lugares específicos, assim como pode acontecer em qualquer outro lugar. Sendo o país conhecido pela sua gastronomia, a estudante não perdeu a oportunidade de experimentar os pastéis de nata e pratos como Alheira, Francesinha e Bacalhau-à-Brás.

Atualmente, considera que ainda tem “muitos momentos inesquecíveis para viver aqui” e que até agora não poderia escolher apenas um que vá recordar para sempre, mas promete levar no coração as viagens que fez por Portugal e os primeiros dias em que caminhava sem saber onde estava ou para onde ia.

Ana Margarida Ferreira e Liliana Ribeiro