“Campus Global” é o nome da rubrica que reúne um conjunto de trabalhos realizados por alunos do 3º ano de Ciências da Comunicação, na cadeira de Webjornalismo, com entrevistas a alunos estrangeiros que se encontram a estudar na UTAD no âmbito do programa ERASMUS.

Magdalena Cupryś tem 20 anos e deixou o curso de Jardinagem na Universidade de Ciências da Vida na Polónia, em Varsóvia por um semestre com o objetivo de estudar Ciências do Ambiente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real.

A paixão pela natureza e o ambiente levou-a a vir estudar no instituto dono do maior EcoCampus da Europa. Apesar de nunca ter estado em Portugal, Magdalena confessa que estava à procura de uma nova aventura onde pudesse conhecer uma nova cultura. Vila Real, era a única cidade portuguesa que fazia parceria com a sua universidade, então decidiu arriscar e revela não estar desapontada.

Relativamente à gastronomia portuguesa, bastante diferente da sua terra natal, a estudante admite uma grande apreciação pela francesinha, prato típico do Porto. Quanto ao clima, o verão agradou-lhe imenso, porém, no inverno, apesar de estar habituada ao frio da Polónia, diz que aqui é um pouco diferente, porque além de sentir frio no exterior, confessa que, dentro de casa também se sente. A língua portuguesa tem sido um grande desafio, pois mesmo passado 3 meses, são poucas as palavras que entende e pronuncia. Admite que é uma língua bastante difícil de aprender, para as pessoas eslavas.

Quanto ao povo português, a discente tem uma opinião bastante positiva, diz sermos bastante simpáticos, recetivos e calorosos. Foi bem recebida pelos colegas de curso e agradece-lhes por se esforçarem para que se sinta integrada, falando com ela inglês, idioma universal, apesar de muitos não o falarem fluentemente. Pedem-lhe muitas vezes para citar palavras no seu idioma, com o intuito de aprender mais sobre a sua cultura.

Magdalena aponta algumas coisas que a fizeram apaixonar-se por Vila Real, tal como ser uma cidade pequena e acolhedora comparando com Varsóvia. A aluna de Erasmus faz ainda referencia ao jardim botânico da universidade e à vegetação diversificada que rodeia a cidade Porém, destaca os problemas dos transportes vilarrealenses pois grande parte dos condutores dos autocarros não fala inglês o que dificulta a comunicação e realça os atrasos constantes dos Urbanos e sugere a implementação de bicicletas e scooters alugadas para os estudantes tem alternativas para chegar a tempo as aulas.

Relativamente à sua experiência de Erasmus, Magdalena diz que foi um desafio pois teve de sair da sua zona de conforto e estar aberta a conhecer a novas pessoas. Tem dias difíceis, em que sente saudade de casa, mas reconhece que faz parte deste seu percurso e que é algo que a está a ajudar a crescer pessoalmente e profissionalmente. Para os próximos alunos de Erasmus, aconselha-os a arriscarem porque todas as experiências têm altos e baixos e “quem não arrisca, não petisca”, expressão que revela já ter aprendido com os seus amigos.

Ana Rita Cunha, Ana Silva e Carolina Castro