“Campus Global” é o nome da rubrica que reúne um conjunto de trabalhos realizados por alunos do 3º ano de Ciências da Comunicação, na cadeira de Webjornalismo, com entrevistas a alunos estrangeiros que se encontram a estudar na UTAD no âmbito do programa ERASMUS.

Natural de Zaragoza na Espanha, Cristina Romeo, de 19 anos, estudante de Erasmus na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e uma verdadeira amante de viagens. Estuda Educação Social na Universidade de Salamanca (USAL), mas na UTAD faz equivalência com unidades curriculares de outros cursos, neste caso, Serviço Social e Animação Sociocultural.

Chegou a Portugal no dia 11 de setembro de 2022, antes das aulas começarem. O objetivo era ter tempo para adaptar-se à cidade. Cristina não considerou Portugal como destino preferido para estudar. O seu desejo era mais longe, o intuito foi sempre viajar para países diferentes onde pudesse arriscar e aproveitar a experiência de Erasmus da melhor maneira. No entanto, está contente com Portugal e pela decisão de vir para o país. Confessa que permitiu que ela conhecesse muitas pessoas e nacionalidades diferentes.

Durante a entrevista, reconhece que as expectativas não eram altas até porque não estava muito feliz pelo destino. No início, não sabia o que fazer, não conhecia a cidade onde ia viver e tão pouco conhecia a universidade onde ia estudar. Porém, o tempo foi a chave para a sua adaptação em Vila Real. Passou a ver beleza na cidade, um lugar com muitas pessoas simpáticas e dispostas a ajudar. Aponta inclusive que existem algumas diferenças marcantes entre estudar em Portugal e na Espanha. Por exemplo, a receção ao calouro e até mesmo a caloirada, aproveitou para referir que foram dias especiais em que desfrutou bastante. A chance de presenciar um lugar novo, com músicas estranhas para si e estar com tantas pessoas foi uma experiência inesquecível.

Outro aspeto salientado, é a existência de uma cantina que oferece tantas opções alimentares com um preço acessível. Achou surpreendente um campus tão grande e com tantas escolas universitárias. Quanto às aulas, ainda é difícil acompanhar devido a entrave da língua portuguesa, mas sente que aos poucos está a superar esta dificuldade.

Embora goste da UTAD e do ambiente, refere algumas sugestões para melhorar a qualidade da instituição. Algumas destas sugestões são os avisos com antecedência na falta de aulas ou reposições, a não separação de mesas num exame ou a sobreposição de aulas. Principalmente, para os alunos que têm unidades curriculares em cursos diferentes, a sobreposição torna-se num grande problema. Ainda assim, recomenda a UTAD como instituição completa e refere inúmeras vantagens como o nível de vida ser mais barato, a comida ser boa, a simpatia das pessoas e a facilidade de transitar de uma cidade para outra.

Cristina reconhece que acertou em cheio, está a adorar a experiência. Para a estudante, o maior benefício é estar em constante aprendizado e estar inserida numa rotina tão distante da sua. A única desvantagem sublinhada pela aluna tem sido precisamente a língua. Pois quanto à integração, acabou por ser tranquila e positiva. Sente-se menos sozinha com os seus companheiros de Erasmus e com os alunos portugueses que demonstram uma enorme disponibilidade para ajudar dentro e fora das aulas. No futuro, vê-se como uma educadora social capaz de lidar com mulheres que sofrem de violência de género ou menores de idade, mas que ainda assim, consiga realizar o seu desejo de viajar e conhecer ainda mais culturas. Por fim, Cristina espera voltar a Portugal visto que gosta muito de estar no país, e pela razão de proximidade que Portugal apresenta relativamente ao seu país.

Giovanna Querubim e Daniela Vieira