UTAD investiga condições de animais exóticos e selvagens
Em Portugal, um grande número de parques zoológicos têm parceria com a UTAD, com o fim de se avaliar o grau de bem-estar de macacos, leopardos, ursos, tigres e outros animais exóticos e selvagens em cativeiro no espaços onde sobrevivem ou estão expostos.
Muitos dos Zoos deixaram de estar direcionados para o público e centrados no espetáculo, passando a dar especial importância à investigação cientifica, proteção das espécies e educação ambiental. Desta forma, a UTAD tem já um grande número de protocolos com parques zoológicos, que acolhem os alunos da academia transmontana, para estágios, desenvolvimento de teses ou trabalhos, com o fim último de se aumentar o conhecimento sobre estes animais.
Entre as parcerias com a UTAD são de salientar as com o Zoo da Maia, Zoo de Lourosa, Zoo de Santo Inácio, Parque Biológico de Gaia, existindo ainda colaborações pontuais com o Parque Biológico de Vinhais, Oceanário, Jardim Zoológico de Lisboa, Badoca Safari Park e Zoomarine.
Só nos últimos anos, e apenas no Zoo da Maia, foi possível levar a cabo vários trabalhos finais de licenciatura em que foram estudados macacos (Macaco-verde, Chlorocebus aethiops), leopardos (Panthera pardus) e Lémures Preto-e-Branco de Colar (Varecia variegata). Esta parceria permitiu também a execução de trabalhos que possibilitaram a conclusão de dissertações de mestrado, tendo sido estudados ursos (Ursus arctus) e tigres (Panthera tigris).
A Comissão Científica do Zoo da Maia é composta por dois docentes da UTAD, José Júlio Martins e José Manuel Almeida e José Martins explica que têm vindo a ser estudados “os comportamentos dos animais com intenção não só de os caracterizar, mas também, por comparação com aquilo que se sabe do seu comportamento natural, para avaliar acerca da forma como estão a exibir ou não os seus comportamentos característicos”, com o objetivo de “avaliar o seu grau de bem-estar, bem como obter informações que serão utilizadas para aferir da adequação do alojamento ao animal e propor medidas que tendam a melhorar o recinto ou a forma como o animal interage com este, por forma a, mais uma vez, melhorar o seu bem-estar”.