Reitor da Universidade do Minho vai liderar Rede CRUSOE
Em reunião realizada na UTAD, a agenda de trabalhos incluiu definição de linhas orientadoras para estratégia 2030.
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) acolheu a 4 de julho, o IX Plenário da Rede CRUSOE – Conferência de Reitores das Universidades do Sudoeste Europeu. Da agenda de trabalhos fez parte a eleição do novo presidente e da comissão executiva.
A escolha recaiu no reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, que encarou a eleição como “um desafio novo, estimulante, mas que traduz sobretudo uma resposta ao que acho que hoje é uma necessidade das instituições do ensino superior, que é de se organizarem, articularem e fazerem convergir estratégias”.
A direção do CRUSOE é rotativa, a presidência estava do lado de Espanha, por parte da Universidade de Vigo e competia agora a Portugal assumir a liderança da Rede. Atendendo a que a UTAD não poderia liderar, porque o reitor da UTAD é também presidente do CRUP – Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, “o Consórcio UNorte.pt indicou a Universidade do Minho”, explicou Fontaínhas Fernandes adiantando que tal decisão significa uma boa articulação entre as três universidades que integram o Consórcio.
Neste plenário foram também desenhadas algumas linhas mestras para a preparação da estratégia 2030.
Na UTAD, em Vila Real, Salustiano Mato, ex-reitor da Universidade de Vigo, termina o mandato na CRUSOE com o sentido de dever cumprido: “podemos consolidar a rede, alargá-la até à Cantábria. Somos um grupo de referência na macrorregião para os temas da educação, investigação e inovação”, disse.
O ex-Presidente da CRUSOE lembrou ainda que os académicos são “muito importantes na construção do novo Quadro Comunitário 2030”.
A Rede CRUSOE é constituída por 23 universidades e politécnicos do Norte e Centro de Portugal, Galiza, Castela e Leão, Astúrias e Cantábria, englobando mais de 150 grupos de investigação e 240 mil estudantes.
Tem como objetivos a promoção da mobilidade entre docentes, investigadores/as e estudantes e a colaboração ao nível da investigação científica e o desenvolvimento regional, com especial atenção para seis áreas: água; setor primário; saúde; património material e imaterial; energia; meio ambiente e desenvolvimento inter-regional.
Foi criada como espaço de cooperação científica, tecnológica, educativa e cultural, contribuindo para o desenvolvimento territorial e a especialização inteligente desta macrorregião.