Investigadores debateram “Impacto Ambiental da Produção Animal”
Seminário decorreu na UTAD
Um grupo de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes (UTAD) ligados ao Departamento de Zootecnia, promoveu, no passado dia 30 de outubro, no auditório de Ciências Agrárias, um seminário de reflexão e debate subordinado ao tema “Impacto Ambiental da Produção Animal”.
A iniciativa contou com a presença de cerca de 200 participantes, entre eles alunos e docentes da UTAD e ainda técnicos e/ou produtores pecuários.
Uma visão científica sobre uma matéria que tem ocupado recorrentemente a opinião pública e que, na opinião dos participantes, é decorrente de “muita desinformação no que respeita aos impactos ambientais gerados pela produção animal, considerando-se que o setor pecuário é alvo de uma responsabilização sobre o impacto no ambiente que não condiz com a realidade”.
Neste seminário ficou registado que o setor pecuário tem, nos últimos 50 anos, melhorado a sua eficiência e diminuído o seu impacto por unidade de alimento produzido, seja carne, leite ou ovos e, “sendo o setor que neste período e atualmente mais aplica os princípios da reutilização e da economia circular”.
Os investigadores lembraram que “grande parte dos coprodutos resultantes das indústrias agroalimentares é utilizada pelos animais”, a saber: sêmeas de cereais (vulgo farelo), bagaços de oleaginosas, polpas de beterraba e de citrinos, destilados da indústria produtora de biocombustíveis, entre outros.
Foi também reconhecido o impacto do setor nas emissões globais de origem antropogénica correspondente a 14,5% e destacada a responsabilidade muito mais significativa de outros setores, como é o caso da produção de energia, transportes, manufatura e construção, tratamento de resíduos urbanos.
Ao mesmo tempo, fez-se um ponto da situação sobre o que está a ser feito, ou está em investigação, ao nível do maneio e da nutrição e alimentação dos animais, e que poderá contribuir para uma maior eficiência e redução dos impactos.
Fonte: UTAD