Estudantes de Mestrado da UTAD dão a provar Espumantes
Evento inserido no projeto "Aspetos do Vinho" decorreu na Galeria Bar do Café Concerto do Teatro de Vila Real.
Texto: João Pedro Pinto
Com o objetivo de difundir a cultura vitivinícola, integrar a comunidade académica no mundo externo à Universidade e nas empresas do setor e fomentar a valorização deste produto na região Norte, 3 estudantes de mestrado da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) das áreas de Viticultura, Enologia e Ciências da Cultura, organizaram a iniciativa “Vinhos Espumantes – Método Tradicional”.
Para além da contextualização histórica e evolutiva dos vinhos espumantes, nesta prova não faltaram também as referências às propriedades organoléticas. Apesar do gosto pessoal ser importante na avaliação da qualidade de um espumante, certos índices de acidez, o teor alcoólico e o ser mais ou menos frutado, são parâmetros fundamentais para a classificação desta bebida.
Fazendo referência a Dom Pérignon, o responsável pelo desenvolvimento do método de vinificação do espumante, Rui Santos, Engenheiro Químico e Mestrando em Enologia e Viticultura na UTAD, destaca o papel fundamental da química no fabrico de espumantes.
De acordo com os especialistas presentes no evento, o elevado preço da generalidade dos espumantes, quando comparados com o preço dos vinhos tranquilos, pode estar na base do seu baixo consumo em Portugal. Contudo, Rui Santos e Hugo Rodrigues, da Elite Wine & Spirits, defenderam o consumo dos vinhos espumantes de forma mais regular e não apenas em datas festivas.
Dado o sucesso desta iniciativa, os responsáveis pelo projeto “Aspetos do Vinho” foram convidados a transformá-la num “Roadshow” promovendo-se, assim, um intercâmbio entre as culturas vínicas das diferentes regiões vitivinícolas portuguesas criando sinergias.
O projeto “Aspetos do Vinho” foi criado por 3 estudantes de mestrado da UTAD e surgiu como “consequência da identificação da necessidade de se realizar eventos ligados ao setor vinícola visto a reduzida oferta dos mesmos na região Norte”, explicam. Com este projeto pretendem colmatar esta lacuna “apesar da existência das 3 grandes regiões produtoras de vinho no mercado português e de existir no seu território Universidades conceituadas nas áreas de viticultura e enologia”.