A investigadora Lia Dinis dedica-se a estudar e avaliar estratégias para minimizar os efeitos negativos das alterações climáticas em culturas mediterrâneas como as vinhas e os olivais. Recentemente, está a estudar o projeto “ Vine&Wine”, enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência.

Este projeto é realizado pela UTAD em parceria com a Universidade de Évora e as empresas Symington, Quinta de Ventozelo, ADVID e Tecniferti. Iniciou-se em janeiro de 2023.

Este plano consiste no desenvolvimento de um produto que funciona como um protetor bioestimulante, constituído por caulino e silício, que se aplica nas folhas de videira para diminuir o stress térmico e hídrico e melhorar não só o desempenho da planta como melhorar a produtividade e qualidade da produção.

Para melhor analisar e investigar, são exigidas metodologias diferentes no campo e no laboratório. Em campo, mede-se as trocas gasosas entre a planta e o meio exterior, que vai indicar a quantidade de oxigênio que ela liberta para o ambiente ou a quantidade de dióxido de carbono que ela consome. No laboratório, analisa-se os componentes da folha e do fruto que nos permite verificar se as plantas estão a sentir muito ou pouco stress e se os tratamentos usados funcionam para aliviar esse stress.

Ao analisar o solo, a qualidade de produção e a qualidade do vinho na fase final permite perceber se o tratamento é ou não eficaz para o viticultor, relativamente à produção e à qualidade das vinhas. Acima de tudo, visa ajudar a reduzir custos como as regas e a aplicação de outros produtos, que são fatores fundamentais para quem está a produzir.

As alterações climáticas trazem inúmeras consequências que exigem estratégias no sentido de manter a estabilidade, neste caso na produção vitivinícola. A infografia que se segue explica o que se pode fazer para proteger as vinhas e os olivais.

Autoria: Daniela Vieira e Patrícia Silva.