Aluno do 2º ano da Licenciatura em Engenharia Informática no ISEP

Qual é a tua virtude preferida?

Julgo que sejam a compreensão e a empatia. Consigo colocar-me facilmente nos “sapatos” das outras pessoas (dependendo do número que calçam).

Qual é a qualidade que mais aprecias num homem?

Caráter e personalidade. E não, não são a mesma coisa.

A personalidade vem de fábrica: uns nascem mais simpáticos, outros mais rabugentos. Já o caráter é escupido aos poucos, entre erros, vergonhas e cabeçadas. Gosto de homens que escolhem fazer o que é certo, mesmo depois de caírem.

E numa mulher?

O mesmo que num homem. Mas há algo que, para mim, vale ouro: a coragem moral.

Gosto de mulheres que não mudam de máscara conforme a plateia. Mulheres que são fiéis a si mesmas: sem filtros, sem disfarces. Mesmo que isso incomode muita gente.

O que mais aprecias nos teus amigos?

A diversidade e o respeito mútuo, algo quase mítico nos dias de hoje.

Gosto de grupos onde há espaço para diferentes visões e para uma troca genuína de ideias, sem verdades absolutas e egos inflamados. Gosto de amigos que saibam discordar sem precisar de criar um drama digno de novela truca.

Qual é o teu principal defeito?

Seria mais fácil perguntar as virtudes, são menos. Mas o meu principal defeito é, sem dúvida, o receio. Reduzo a minha liberdade por medo do que possa eventualmente acontecer. Posso dizer que limitar-me por coisas que nem chegam a acontecer é um talento.

E a tua ocupação preferida?

Provavelmente conversar. Ajuda-me a conhecer melhor as pessoas.

Qual é a tua ideia de “felicidade perfeita”?

Perfeição é algo subjetivo, mas penso que a felicidade perfeita seria viver uma vida cheia de aventuras, memórias e propósitos, com as dificuldades a serem ultrapassadas.

Um desgosto?

Sem contar com os amorosos, acho que o meu maior desgosto é lidar com o que não disse, as ações que não tomei, e perceber que, no fim, devido a isso, a realidade não combina com a expectativa.

O  que gostarias de ser?

Excluindo o lado profissional, gostava de ser respeitado por aquilo que sou, e não pelo que aparento ser. Um respeito conquistado e não imposto.

Em que país gostarias de viver?

Portugal, mas com menos inveja e menos buracos nas estradas.

A tua cor preferida?

Verde floresta porque, se há cor que transmite “tenho bom gosto, mas não sou pretensioso” é o verde, especialmente o mais escuro.

A flor que mais gostas?

Clássico e cliché: rosas vermelhas.

O pássaro que preferes?

Guarda-rios.

Um dia, numa daquelas pesquisas aleatórias no Google (atividade típica de quem tem uma vida social ativa), descobri que “guarda-rios” é um pássaro. E, por alguma razão, essa informação fez-me sentir como os portugueses quando chegaram ao Brasil, fascinado.

O teu autor preferido em prosa?

Não sou um leitor assíduo então vou escolher dois autores que conheci e estudei no secundário, não sabendo se estou a ser redundante ou intelectual: Fernando Pessoa ou Bernardo Soares.

Poetas preferidos?

Realço mais uma vez que não sou leitor ativo, portanto todas estas minhas escolhas são limitadas pela minha ignorância, mas posso dizer que é o padre Zezinho, para não voltar a dizer Fernando Pessoa ou um heterónimo.

O teu herói de ficção?

Batman.

Heroínas favoritas na ficção?

Jean Grey dos X-Men. E não, X-Men não é o Wolverine, a Fox fez um trabalho horrível nesse aspeto.

Quem são os heróis da vida real?

Sem dúvida, quem se levanta todos os dias com um propósito honesto, seja ele pôr pão na mesa ou mudar o mundo. Desde que não envolva passar por cima de ninguém, nem promover discotecas no Instagram como se fosse um ato de serviço público.

As heroínas históricas?

Todas as mulheres que contribuíram direta ou indiretamente na formação e educação de várias gerações. Quero só deixar uma menção honrosa à Padeira de Aljubarrota.

Os teus pintores preferidos?

Miguel Ângelo.

E compositores?

Patrick Watson.

Os teus nomes preferidos?

Aurora porque é sempre bom dar a uma criança o nome de uma estrela. E Miguel porque é aquele nome clássico, seguro e aparentemente não está na moda, pelo menos até ao momento em que escrevo isto.

O que mais detestas a cima de tudo?

Acordar tarde, apesar de ser uma habilidade que pratico regularmente.

Personagem histórica que mais desprezas?

Todo e qualquer imperador, político ou governador que ultrapassou limites por uma ideologia ou por poder.

O feito militar que mais admiras?

A Batalha de Diu, onde Portugal mostrou que não era bom só a desenhar azulejos.

Qual dom da natureza gostarias de ter?

Controlar a meteorologia.

Como gostarias de morrer?

Muito velho, bem disposto e ciente que fiz tudo o que deveria ter feito.

Qual é o teu estado de espírito atual?

Incrivelmente bem humorado, acho que deu para reparar.

Quais são os erros que te inspiram maior indulgência?

Erros por ingenuidade, ignorância ou por boa vontade. E claro, aqueles que eu também já cometi. É sempre mais fácil ser compreensivo quando já se falhou.

A tua divisa (frase preferida)?

“O que interessa, é o que importa”. Profundamente circular, maravilhosamente inútil.