O Silêncio que precisa de ser quebrado
Até quando vamos permitir que a violência e a opressão continuem? É hora de agir, denunciar e transformar esta realidade.
A violência doméstica é uma realidade que cada vez mais persiste na nossa sociedade e afeta milhares de vítimas todos os dias. É um problema que não interessa a classe social, o género e a idade das pessoas e deixa marcas físicas e psicológicas profundas. O silêncio e a impunidade alimentam a sua permanência e tornam urgente um debate mais sério e ações mais efetivas para o combater.
Muitos acreditam que a violência doméstica se trata apenas da agressão física. No entanto, existem diversas formas de violência, como a agressão emocional, psicológica, financeira e sexual. Muitas vezes, a vítima sente-se presa a estas circunstâncias por medo, dependência financeira e, também, a pressão social que existe.
Existem culturas em que a violência é algo natural e não é considerado crime. O uso de expressões como “entre marido e mulher, não se mete a colher” fazem com que se normalize o silêncio e, também, a aceitação. É necessário combater este pensamento e demonstrar que este tipo de comportamento nunca é justificável e que denunciar é um ato de coragem e não de traição.
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Não Há Desculpas para a Violência Doméstica. Créditos: Arquivo Google Imagens
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Portugal Contra a Violência. Créditos: Arquivo Google Imagens
O combate à violência doméstica não pode ser apenas da responsabilidade das vítimas. Como sociedade precisamos de garantir que haja apoio real e acessível para quem sofre. Isso significa políticas públicas eficazes, canais de denúncia que protejam as vítimas, e castigos severos para os agressores. Além disso, a educação tem um papel fundamental e ensinar o respeito e igualdade desde a infância pode evitar a que padrões abusivos sejam normalizados.
Não nos podemos calar diante deste problema, precisamos de falar sobre a violência doméstica e de combater as suas causas. Se soubermos de alguém em situação de violência devemos apoiar e incentivar à denúncia.
Serviços de Apoio às vítimas:
Linha Nacional de Emergência: 112
AMCV – Associação de Mulheres Contra a Violência: 21 380 21 65
APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima: 116 006 (dias úteis das 09h às 19h)