Quem se sentir ofendido ou presenciar algum ato de violência pode recorrer a provedora do estudante, na biblioteca da UTAD

As praxes académicas continuam em Portugal. Na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a reitoria e os veteranos monitorizam as atividades desenvolvidas pelos estudantes no campus da instituição. A ideia é evitar possíveis excessos. Aqui, a brincadeira só pode ser praticada com apenas um objetivo: a integração.

A tradição entre os estudantes chega a ser polémica, quando foge de seu verdadeiro significado. Por isso, na UTAD, a provedora do estudante está disponível para receber denúncias. De acordo com o vice-reitor da UTAD, Artur Cristóvão, quem se sentir ofendido ou presenciar algum ato de humilhação, seja violência física ou psicológica, pode recorrer a provedora do estudante. O gabinete da provedora fica localizado na Biblioteca da Universidade.

No campus da UTAD, as brincadeiras têm se limitado a momentos de descontração. Aqui, identificar os caloiros é fácil. A aluna do curso de Engenharia Zootécnica Francisca Alves, por exemplo, anda fantasiada de porquinho. “Sempre guardei a minha roupa para participar da praxe”, conta. Para Sara Marçal, estudante do curso de Enologia, a brincadeira é um momento de fazer novas amizades.

Miguel Rodrigues, estudante do curso de Enfermagem, sabe que o importante é criar vínculos, estreitar relações entre os colegas. “A praxe é integração”, afirma. Para Vitor Oliveira, também estudante do curso de Enfermagem, a praxe académica é mais do que uma tradição. “É um símbolo dos estudantes”, ressalta.