Obras como a autobiografia de Nelson Mandela, marcada pela sua resistência como preso político, bem como a experiência do médico Viktor Frankl, sobrevivente de um campo de concentração nazi, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência, estão em evidência neste projeto.

Até dezembro de 2017, os reclusos do estabelecimento prisional da Vila Real têm contacto com um conjunto de textos líricos, narrativos, dramáticos e biográficos, associados a possíveis leituras de vida. Esta iniciativa é levada a cabo pelo projeto “Palavras Livres”.

A ideia é criar um diálogo acerca dos textos lidos pelos reclusos. Desafio maior, mas em casos pontuais, é a realização de uma redação de um texto de cariz pessoal acerca de um dos temas tratados. Com esta iniciativa, os leitores são convidados a ultrapassar as barreiras do espaço e do tempo, sendo que o projeto está baseado na convicção de que a liberdade transmitida pelos textos, assume um papel importante na forma como se cria empatia e se entende o outro.

Este projeto parte de dois docentes da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Isabel Alves e José Eduardo Reis que têm já uma parceria com aquela instituição e com a associação “Música Esperança” e pretende possibilitar diferentes leituras de vida, de emoções e de sentimentos.