O Concurso Público para modernizar troço Marco de Canaveses – Peso da Régua está por lançar. Processo de eletrificação pode arrastar-se até 2021

As empresas de cruzeiros fluviais do Douro alertaram, esta sexta-feira, para os atrasos no lançamento do concurso público para eletrificação da linha ferroviária. Dois meses depois do anuncio feito pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, os operadores temem que a obra possa “descarrilar”.

Em comunicado, as operadoras turísticas Barcadouro, Rota do Douro e Tomaz do Douro manifestaram estranheza face ao arrastar da situação e alertam que “continuando os prazos a resvalar” os comboios elétricos entre o Porto e a Régua entram nos carris apenas em 2021.

O atraso compromete o acordo firmado com a CP a 16 de janeiro para melhorar a resposta à procura turística já a partir do próximo 1 de maio, colocando em causa a atratividade da marca Douro e a dinamização da economia regional, condicionando opções de investimento, público e privado.

No mesmo comunicado deixam um repto ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas para que confira à Linha do Douro “a mesma atenção e tratamento que tem dispensado aos projetos ferroviários que servem outros territórios” e desafiam os agentes ligados ao Douro, a integrar uma plataforma cívica, “que acompanhe de perto e monitorize o projeto de modernização e eletrificação da Linha do Douro até à Régua, para evitar mais desigualdades”.