O engaço da vindima representa 25% dos resíduos orgânicos da indústria vinícola e estava pouco estudado e caracterizado comparativamente com outros subprodutos como as películas, grainhas, borras ou bagaços.

No CITAB – Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro há uma equipa de investigadores, liderada pela docente Ana Barros, que estuda o aproveitamento do engaço da vindima para uso farmacêutico, cosmético e alimentar.
Os investigadores centraram o seu trabalho em sete castas existentes na Região Demarcada do Douro e, dos estudos realizados, é já possível concluir que este subproduto possui características que ajudam na atividade antibacteriana, anti-inflamatória e antimicrobiana.
Com base nestes resultados a equipa encontra-se a desenvolver um creme anti-rugas; uma alternativa natural aos antibióticos na inibição do crescimento microbiano e um licor com características sensoriais e visuais, ao fim de 90 dias de maceração, idênticas ao Vinho do Porto envelhecido.
A UTAD TV foi ao laboratório e ficou a saber tudo sobre as múltiplas aplicações deste subproduto vitícola resultante da vindima (engaço de uva, parte que fica do cacho de uvas depois de as uvas serem pisadas e de ser extraído o vinho).