Estudo desenvolvido em parceria com a Universidade de Coimbra avaliou o risco de exposição ao Radão na região de Trás-os-Montes e Alto Douro

Uma aluna da UTAD desenvolveu, no âmbito do doutoramento em Geologia, uma tese intitulada “Controlo geológico e mineralógico da radioatividade natural: um estudo na região de Trás-os-Montes e Alto Douro”.

A investigação de Lisa Maria Martins, orientada pelos professores Elisa Preto Gomes, da UTAD, e Luís Figueiredo Neves, da Universidade de Coimbra, baseou-se em medições da concentração do Radão em habitações durante o inverno, com o auxílio de detetores disponibilizados pelo Laboratório de Radiotividade Natural da Universidade de Coimbra e teve como principal objetivo sensibilizar a população e as entidades públicas para os riscos deste gás incolor, inodoro e insípido, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como a “primeira causa de cancro do pulmão para não fumadores”.

O estudo provou que “as concentrações de Radão mais elevadas se encontram na envolvênvia de falhas geológicas e carreamentos, e em áreas de substrato granítico dos concelhos de Vila Real, Alijó, Vila Pouca de Aguiar e Chaves” e que “os edifícios mais recentes apresentam concentrações de Radão mais elevadas”.

Para a doutoranda, as “campanhas de sensibilização e a fiscalização são importantes”, uma vez que não sendo possível fugir à existência deste gás, “temos de aprender a conviver com ele, tomando medidas para reduzir o seu impacto junto das populações”.