Arménio Miranda, autor do livro, anunciou candidatura da “Gestão Comunitária dos Baldios" a Património Cultural Imaterial da humanidade

| por: Luís Lopes
aluno da pós-graduação em Jornalismo Regional UTAD/LUSA

A Serra do Marão, na Freguesia de Ansiães, concelho de Amarante, foi o cenário escolhido para a apresentação do livro “Marão – Minha Serra, Ansiães e o seu baldio ao longo dos tempos” da autoria de Arménio Miranda. A publicação marcou, sábado, os 100 anos de Regime Florestal da Serra do Marão.

A cerimónia começou ao som de “a nossa serra é linda, como ela não há igual” interpretada pelo quinteto da Tuna de Ansiães.

A apresentação do livro ficou a cargo do Prof. Oliveira Baptista, que também assina o prefácio, referindo que “o livro é um testemunho pessoal do seu autor que dedicou vários anos à gestão do baldio de Ansiães”. Foi com emoção que leu várias passagens desse testemunho, acrescentando que a tese deste livro “assenta basicamente na transição do comunitarismo, em que o baldio é utilizado como complemento às economias individuais, para uma nova economia comunitária e social”.

Oliveira Baptista considerou que a reconversão “é um processo complexo que exige uma nova abordagem pela comunidade” desde logo “um quadro legal adequado e respeito pela propriedade comunitária; transição para uma economia social e a criação de laços de identidade com o território”.

Concluiu com uma nota do prefácio: “As árvores são agora um presente…”.

Para encerrar a cerimónia, o autor Arménio Miranda, contextualizou a elaboração do livro, falando do seu percurso de mais de 20 anos à frente o baldio de Ansiães, das vitórias, dos problemas da gestão diária e do cansaço, terminando com o anúncio de uma candidatura da “Gestão Comunitária dos Baldios” a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.