Decisão vai ser conhecida esta terça-feira

Preservar a tradição. Foi a partir desta permissa que a Câmara Municipal de Vila Real iniciou, há cerca de dois anos, o processo de candidatura à UNESCO pela classificação do Barro Preto de Bisalhães como Património Cultural e Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente.

No dia 20 de março de 2015, a Assembleia da República saudou por unanimidade e aclamação o reconhecimento pelo Estado Português do Processo de Confeção da Louça Preta de Bisalhães como Património Cultural Imaterial manifestando o seu apoio à iniciativa da Câmara de Vila Real de apresentação da candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.

A decisão vai ser conhecida no próximo dia 29 em Adis Abeba, na Etiópia, onde decorrerá a 11.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

A acompanhar, in loco, o resultado final, vão estar o presidente da câmara Rui Santos, a Vereadora da Cultura, Eugénia Almeida e João Silva, diretor do Museu da Vila Velha e coordenador da candidatura.
O autarca diz estar confiante numa decisão favorável por parte da UNESCO, dada a importância em salvaguardar esta arte única.

Com esta classificação, o barro preto ganhará outro protagonismo e consegue garantias de apoio aos oleiros em atividade e a todos os que queiram aprender a rodar a grande roda de onde nascem peças únicas e irrepetíveis.

Refira-se ainda que todos os custos que envolvem o plano de salvaguarda da olaria de Bisalhães serão da responsabilidade da autraquia num valor estimado em cerca de 370 mil euros até 2020.