Outono, a estação dos tons alaranjados, amarelos e castanhos, a estação dos dias que pedem uma taça de chá e das noites que imploram por um cobertor.

A estação em que chega o frio e com ele, as camisolas de lã, as luvas, os gorros, os cachecóis e os casacos…

A estação da chuva, do vento e dos cabelos emaranhados…

A estação que nos traz os melhores sabores gastronómicos. Os cogumelos que crescem nos montes e são apanhados por quem os conhece. As castanhas assadas ou cozidas com um copo de jeropiga. Já os antigos diziam que sabia bem!
A estação em que as folhas se despedem das suas hospedeiras e partem numa viagem ao sabor do vento… literalmente!  Elas não estão mortas, pelo contrário, nunca estiveram tão vivas. Sabiam que uma hora teriam de largar a sua antiga vida, pensar fora da caixa e aí vão elas, sem preocupações, a dançar ao sabor da brisa de outono.

Talvez devêssemos ser como as folhas de outono, desprendermos-nos das preocupações e deixarmos-nos levar pelo vento, se com elas resulta, por que não connosco?