Mentor da candidatura do Douro Património da Humanidade vai ser agraciado pela academia

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai distinguir Miguel Cadilhe com o grau de Doutor Honoris Causa.

A atribuição assenta na “ideia e dinamização da candidatura do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial”, sendo que a UTAD tem “particulares responsabilidades no processo de candidatura” e “pretende […] dar relevo a toda a dinâmica económica e cultural que tem vindo a ser gerada na região”.

“Reconhecendo a dimensão humana do trabalho hercúleo de um povo que ao longo dos séculos enfrentou a natureza, venceu adversidades e “construiu” um território de uma beleza ímpar enquanto “paisagem evolutiva e viva”, a UTAD quer continuar a honrar o esforço e o saber acumulados dos que têm tido um papel relevante nesta dinâmica”, pretendendo ser uma instituição “virada para a região” e que celebra “as pessoas e o seu percurso”, promovendo “o reconhecimento público e o mérito de todos os que marcaram a sua história”.

A sessão de atribuição do doutoramento Honoris Causa será no dia 24 de março.

Miguel Cadilhe nasceu em Barcelos e estudou na Faculdade de Economia do Porto onde também foi docente. Desempenhou cargos governativos como secretário de Estado do Planeamento, no governo de Francisco Sá Carneiro em 1980, e Ministro das Finanças, no governo de Cavaco Silva em 1985. Foi também presidente da fundação Rei Afonso Henriques, lançando a candidatura do Alto Douro Vinhateiro a Património da Humanidade. Atualmente é presidente do Conselho de Curadores da Universidade do Porto, cargo que ocupa desde 2015.

A UTAD conta já com 10 doutores Honoris Causa na sua galeria: Franciscus Lubbers, António Lobo Antunes, Wei Zhao, Francisco Valente, Manoel de Oliveira, Luís Valente de Oliveira, o Comité Olímpico de Portugal, Luís Braga da Cruz, Nicolau de Almeida e, mais recentemente, o selecionador nacional de futebol Fernando Santos.